segunda-feira, 31 de maio de 2010

POR QUE PORQUÊ?

Quando e por que se escreve “porque” ou “por que” e o porquê dessas variações formais


PORQUE
Usado quando pode ser substituído por: “pois”, “que”, “porquanto”, “uma vez que”, “pelo fato”, “pelo motivo” e outras conjunções explicativas e causais.
Choveu, porque o chão está molhado.Acho que morreu, porque parou de respirar.

Na prática, é escrito numa só palavra se atua como substantivo ou termo de ligação (relação de causa entre um termo e outro: “Faltou ao trabalho porque caiu da cama”). Indica que um termo depende de outro.
É equivocada a informação de que porque se divide em duas palavras sempre que há pergunta. Nos dois exemplos interrogativos abaixo, expõe-se uma causa, que exige resposta positiva ou negativa:
Porque é bem pago ele trabalha demais?

É sutil e discutível a diferença entre a conjunção coordenativa explicativa e a subordinativa causal, ambas expressas às vezes por “porque”; costuma-se preceder por vírgula porque quando explicativo. Em casos raros, porque equivale a “para que”, conjunção final:

Torço porque ela seja feliz no quinto casamento.

PORQUÊ
Usado numa só palavra acentuada quando substantivo, sinônimo de motivo, causa, razão:
Ignoro o porquê do escândalo.
Os porquês dela são insondáve

POR QUE
É usado em duas palavras nas perguntas e sempre que puder ser substituído por:
a) “a razão pela qual”, “por qual razão”, “por qual motivo”, “o motivo pelo qual”;
b) “para que”, “pelo qual”, “pelos quais”.
Ou quando uma destas palavras – “causa”, “motivo”, “razão” – estiver implícita ou puder ser utilizada junto de por quê.
Justificativa: Escreve-se o por separado do que quando o que tem função de pronome relativo ou de pronome interrogativo.
Não sei por que o candidato do povo ficou rico.
Agora sei por que (razão) ele voltou no governo.
Quero saber (a razão) por que no governo.
Quero saber (a razão) por que refugou a CPI.
Por que (motivo) os políticos apoiam qualquer governo? Patriotismo?

POR QUÊ
É usado em duas palavras, com acento, nos mesmos casos anteriores, mas no fim da frase, caso em que, por convenção, que se torna palavra tônica. No caso de que seguido de vírgula, a maioria dos sábios não o acentua, talvez por considerar que vírgula não configura fim de frase. Como há dúvida, melhor acentuá-lo apenas antes de ponto final.
Sofreu sem saber por quê.
Não sei por quê, mas o país vai mal.
(Língua Portuguesa. Ano 4 nº50. dez.2009)

quarta-feira, 26 de maio de 2010


ALMA:
Do latim anima, princípio que dá movimento ao que é vivo, animado ou faz mover. Dele derivam palavras como "animal". Definida como ser independente da matéria, a alma sobreviveria à morte do corpo, podendo seu destino ser a beatitude divina ou o tormento eterno. São agudas as controvérsias a esse respeito. A alma também aparece em alma mater, expressão latina para "mãe nutrida", que o mundo anglossaxão usa para a universidade em que a pessoa estudou a graduação. Também se chama de alma a curva da sola do pé, sabia?

(Língua Portuguesa Ano 4 nº 50 dez.2009)
O AVARENTO  E O PERDULÁRIO: DUAS FACES DA MESMA MOEDA

Em seu livro Do ter ao ser, o psicanalista Erich Fromm diz que possuir coisas é uma condição inerente ao homem. Há cerca de 12 mil anos, com a fundação da agricultura, nossos ancestrais passaram a desenvolver uma ligação mais intensa com utensílios e adornos. Os objetos eram usados no cotidiano e tinham funcionalidade. Na sociedade capitalista, porém, a propriedade deixa de ter esse caráter utilitátio: em geral, acumulamos mais bens do que somos capazes de usar.
Do ponto de vista psíquico, o avarento e o esbanjador têm em comum a relação patológica com a propriedade, relacionada ao "ter possessivo": ambos querem acumular mais que seria necessário para o seu uso. Tanto a infinidade de objetos que o gastador acumula em suas incursões por lojas de departamentos quanto o dinheiro que o poupador exagerado deixa de gastar remetem à ideia de uma propriedade morta, uman vez que os bens deixam de ter qualquer funcionalidade ou valor de uso.
Em seu texto "Caráter do erotismo anal", de 1908, Sigmund Freud propõe um paralelo entre os interesses envolvidos no ato de acumular bens e o dinheiro. Segundo a teoria psicanalítica, a criança se agarra ao desejo de possuir porque ainda não é capaz de produzir - e essa sensação faz parte do desenvolvimento saudável. Mas se o adulto se torna refém do sentimento de posse, isso pode significar que ainda não se sente capaz de criar algo por si.
(Mente e Cérebro. Ano XVII, nº 203)
"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça..."
(Mário Quintana)

segunda-feira, 17 de maio de 2010


DE OLHO NO GERUNDISMO
A linguística mostra a impossibilidade da influência do inglês no fenômeno de linguagem brasileiro 
Alguns estudiosos atribuem o abuso do gerúndio (gerundismo) à influência das traduções do inglês. Parece-me que se trata de uma hipótese equivocada. Senão vejamos. Quando duas línguas estão em contato, ocorre pelo menos uma solução entre três possíveis:

  1. ou as duas línguas se fundem numa só;

  2. ou uma das línguas domina a outra, que desaparece;

  3. ou as duas línguas coexistem, e as comunidades adotam uma língua franca (caso das muitas línguas e dialetos indianos, cujas comunidades adotaram o inglês como língua oficial de intercurso).
    Na primeira solução, a fusão das duas línguas ocorre depois de um longo processo de miscigenação que passa por um período de bilinguismo (situação segundo a qual os falantes utilizam as duas línguas, privilegiando socialmente uma delas, antes da fixação da língua mista chamada crioulo).O bilinguismo se distingue do ambilinguismo. Naquele, uma língua é privilegiada, como o espanhol diante do guarani, no Paraguai; neste, ambas as línguas têm o mesmo status, como o francês e o flamengo, na Bélgica.
     SUBSTRATO E ADSTRATONa segunda solução, em que apenas uma das línguas permanece, se a língua do povo vencido é a que desaparece (caso do celtibero, diante do latim), a língua vencida, antes de desaparecer completamente, após um período de bilinguismo, deixa na língua dominadora algum vestígio a que se dá o nome de substrato; se a língua do povo vencedor é a que desaparece (caso do germânico diante do latim), temos a influência de superstrato (vestígio da língua desaparecida do povo vencedor na língua supérstite do povo vencido).Na terceira solução, em que uma língua coexiste com outra, ambas em contato, a influência exercida em ambas ou numa se chama influência de adstrato, que se faz sentir basicamente no vocabulário e não na sintaxe.O adstrato inglês no português do Brasil se resume exclusivamente ao léxico, graças à tecnologia americana e à supremacia dos EUA, como superpotência bélica e financeira.Se o gerundismo fosse influência das traduções do inglês, seria preciso que, primeiramente, as camadas menos privilegiadas tivessem acesso livre a essas traduções, o que não é o caso do Brasil, em que a grande maioria de falantes do basileto (dialeto da base da pirâmide social) não têm acesso a nenhum tipo de cultura estranha, aprendida pelo estudo ou adquirida pelo contato.
    ABUSO LOCALIZADO
Para que regra nova se estabeleça no acroleto (dialeto das classes privilegiadas), é necessário que ela passe primeiro pelo basileto. Ora, o gerundismo ocorre apenas no mesoleto, já que os usuários do basileto não têm acesso às traduções inglesas, e o acroleto repudia o gerundismo, e seus falantes chegam a proibir por lei que ele seja usado pelos falantes do mesoleto. O que originou o gerundismo foi só o abuso de seu emprego fora dos padrões normativos de respeito ao aspecto verbal. Uma frase como "Vou estar (ficar) estudando hoje em casa", perfeitamente legítima, porque designativa de um processo (a ação se prolonga no tempo), é que teria originado outra como "Vou estar passando a ligação agora", em que, apesar da estrutura frasal idêntica, sem vinculação com o inglês, o aspecto pontual desautoriza o emprego do gerúndio. Não há , portanto, nenhuma influência do inglês ou de traduções do inglês no gerundismo, mas apenas o desrespeito exclusivamente mesoletal ao aspecto progressivo do gerúndio.

RECAPITULANDO O GERÚNDIO
O gerúndio expressa ação em curso, simultânea à do verbo da oração principal ou anterior/posterior a ela. Em"Estou produzindo", está em curso um processo de produção. Em formas compostas (dois verbos), ele indica ação duradoura se ao lado do infinitivo de verbos auxiliares (estar, andar, ir, vir) e ação concluída antes da expressa pelo verbo da oração principal. "Tendo concluído a prova, ele a entregou ao professor": a ação concluída antecipa a entrega. "Ele está falando" indica um presente com tendência a continuar. "Anda acordando sem ânimo": ênfase é na intensidade ou insistência do fato. "Mais fiéis vão rezando pelo papa" assinala ação progressiva.
Em perífrases (três verbos), é válido quando:
- Se há um futuro em relação a outro: "Vou estar vendo a novela quando você for ao futebol".
- Verbo implicar duração ou admitir repetição: "Vou estar fechando o balanço" está no vernáculo, mas "vou estar enviando o e.mail", não. É um documento só e a ação é rápida ou instantânea. "Amanhã, vou estar apertando parafusos o dia todo", a sentença descreve ação contínua.
- "Gerundismo" é o uso exaustivo e indistinto da perífrase, até quando se refere a ações que não duram no tempo.
José Augusto Carvalho. Língua Portuguesa. Ano 4. nº 50.dez.2009.


terça-feira, 11 de maio de 2010

MEDITAÇÃO "ENGROSSA" O CÉREBRO PARA REDUZIR A DOR

Pesquisas já mostraram que a prática da meditação zen pode reduzir o limiar da sensibilidade à dor, o que é particularmente interessante para pessoas que sofrem de doenças crônicas como artrite reumatoide ou fibromialgia. O mecanismo que explica esse efeito foi descoberto por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá. Por meio de técnicas de neuroimageamento, os cientistas observaram que uma estrutura central do cérebro – o córtex cingulado anterior – é mais volumosa nos adeptos da prática budista do que em pessoas que nunca meditaram. Essa área cerebral não só é responsável pelo processamento dos estímulos dolorosos como participa da emoção e da tomada de decisões. O estudo foi publicado na revista Emotion.

(Mente e Cérebro. Ano XVII. Nº 207)

"...recria tua vida, sempre, sempre.

Remove pedras e planta roseiras e faz doces.

Recomeça."

(Cora Coralina)

MÚSICA REMODELA A MENTE DAS CRIANÇAS

O aprendizado de música na infância ajuda as crianças a desenvolver a linguagem, afirmam cientistas norte-americanos. Entre os principais beneficiados estão os disléxicos e os autistas. Segundo os pesquisadores, tocar um instrumento ajuda a habilidade musical de cada um a captar padrões relevantes, tais como harmonia e ritmos, do universo sonoro. Além disso, a execução de um instrumento afeta o processamento automático da parte do cérebro que controla a respiração, os batimentos cardíacos e as respostas a sons complexos.

(Paneta. Ano 38. Edição 451. abr.2010)

O TEXTO COMO PLACEBO


O TEXTO COMO PLACEBO
Autoajuda encerra uma lição que vale para a ciência: o paciente precisa do amparo das palavras
A palavra placebo (do latim agradarei) refere-se a uma substância ou um procedimento que teoricamente não faria efeito sobre o organismo, mas que acaba tendo resultados terapêuticos, pela crença que uma pessoa deposita nela. Pergunta: é o texto um placebo? No caso da ficção, pode-se dizer que sim. É algo que resulta da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo; mas, quando agrada o espectador ou o leitor (um objetivo implícito na própria criação ficcional), exerce um efeito que poderíamos chamar de terapêutico. A ficção ajuda a viver. E isso inclui uma melhora da saúde – pelo menos do ponto de vista psicológico. Para muitas pessoas a leitura é um amparo, um consolo, uma terapia. Daí nasceu inclusive um gênero de livros que se tornou popular: as obras de autoajuda. Diferentemente da ficção, elas aconselham o leitor acerca de problemas específicos: luto, controle de stress, divórcio, depressão, ansiedade, relaxamento, autoestima, e até a felicidade. Esse tipo de leitura faz um enorme sucesso; não há livraria que não tenha uma seção destinada especialmente à autoajuda.
Um dos autores mais conhecidos dessa área é o médico hindu Deepak Chopra. Formado em medicina pela Universidade de Nova Déli, na Índia, emigrou para os Estados Unidos, especializou-se em endocrinologia e trabalhou no New England Memorial Hospital, em Massachusetts. Uma carreira médica habitual, portanto, que mudou em 1985, quando Chopra fundou a Associação Americana de Medicina Védica.Em 1993, mudou-se para San Diego, na Califórnia, onde fundou o The Chopra Center For Well Being. Ainda no mesmo estado, agora em La Jolla, criou em 1996 o Chopra Center. Fazendo um parênteses: a Califórnia é um conhecido reduto da vida e da medicina alternativas, como aromaterapia, osteopatia, toque terapêutico, terapia floral e outras.
Deepak Chopra é autor de mais de 50 livros de autoajuda, que, traduzidos em 35 idiomas, fizeram enorme sucesso; em 1999, a revista americana Time incluiu-o na sua lista das 100 personalidades do século, como o "poeta e profeta das terapias alternativas". As obras mostram a diversidade de áreas que Chopra aborda: ela fala de religião e misticismo (budismo, cristianismo, cabala), dá conselhos a pais, aborda o envelhecimento, aconselha sobre guerra e paz, fornece "sete leis espirituais" para o sucesso, e publicou dois romances, em 1999, Lords of light (Senhores da luz), e em 2000, The Angel is near (O anjo está perto). Também fundou com seu filho, Gotham Chopra, uma editora de revistas em quadrinhos e criou, junto com dois colaboradores, um tarô cabalístico composto de 22 cartas, cada uma das quais representa a história de um personagem do Antigo Testamento.
Não faltam críticos para a medicina alternativa. O argumento principal é de que a medicina moderna deve se basear em evidências, estatísticas, o que não acontece com muitos dos métodos alternativos. Isto não quer dizer que esse tipo de tratamento não funcione, ou que a literatura de autoajuda não surta efeito. Neste último caso, o que temos é um apelo espiritual ou psicológico traduzido na palavra escrita, que, ao longo do tempo, sempre teve uma aura de autoridade e de verdade. Não por acaso as três grandes religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, baseiam-se em textos: o Antigo Testamento, o Novo Testamento, o Corão. Os muçulmanos, aliás, falam nos "povos do livro". Por outro lado, a própria medicina tem uma longa tradição de obras escritas para o público em geral. Aquele que foi, talvez, o pioneiro de todos eles, o Regimen Sanitatis Salernitarum (Regime de Saúde da Escola de Salermo) – uma das primeiras escolas médicas do Ocidente – datada do século XII ou XIII, e dá conselhos em versos, para facilitar a leitura e a memorização. Creia-se ou não na autoajuda, ela encerra uma lição, que vale para a medicina científica: o paciente precisa do amparo das palavras. Se não encontrar um médico com quem possa falar, recorrerá aos livros de autoajuda. E isso é um problema porque, como se sabe – e diferentemente de nosso organismo – o papel aceita tudo.
(SCLIAR. Moacyr – médico, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras. Mente e Cérebro. Ano XVII. Nº 201)

sábado, 8 de maio de 2010

CONSTRUA SEU CASTELO COM AS PEDRAS DO CAMINHO



Nossa cultura imediatista tem o costume de encarar os obstáculos como castigos divinos, injustiças incompreensíveis ou muita falta de sorte. Raramente as pessoas percebem as dificuldades na dimensão que elas realmente têm e quase nunca aproveitam a oportunidade para aprender uma nova lição ou superar seus próprios limites. No Feng Shui, ao contrário, cada pequeno problema é resolvido de uma forma que pode deixar a casa mais charmosa. Algumas das escolas mais conhecidas têm até alguns recursos básicos “na manga”. Franco Guizzetti explica que certas soluções encontradas para eliminar ou amenizar os problemas energéticos são chamadas de curas.Veja as mais tradicionais:



PLANTAS E FLORES- Neste caso, vale a mesma condição citada com relação aos animais – apenas as plantas e flores bem cuidadas são poderosas para manter alta a vibração da casa, protegendo os moradores.

FLAUTAS DE BAMBU Usadas em forma de pêndulo, veiculam paz, prosperidade, proteção e tranquilidade, auxiliando na harmonização do fluxo de circulação energética do ambiente. São indicadas para portais e locais com vigas aparentes.



FONTES DE ÁGUA - Mais uma vez a capacidade renovadora do movimento se faz presente, trazendo prosperidade e o próprio fluxo da vida para dentro de casa. O burburinho da água relaxa e tranquiliza. Sua capacidade de purificação atrai bom chi, refresca e melhora a qualidade do ar no cômodo.


BA-GUÁ DE PROTEÇÃO É o principal instrumento utilizado no Feng Shui. Mesmo com formato octogonal, pode ser considerado uma mandala e irradiar a sua força, além de ser um talismã de proteção.


ANIMAIS Bichinhos de estimação saudáveis e bem cuidados protegem e elevam a energia da casa. Se não houver possibilidade de ter um, o morador pode optar por imagens, estampas e esculturas, inclusive dos chamados “animais sagrados”, como a tartaruga, a fênix, o dragão e o tigre.



ESPELHOS Sabe aquela história de que as pessoas recebem do universo o que elas transmitem? O espelho é uma das provas da lei da ação e reação. Em casa, ele tem o poder de refletir as vibrações para as suas fontes originais de emissão. Ele também redireciona o fluxo de chi pela casa, multiplica por dois tubos o que for bom, amplia, ilumina e protege.


MINERAIS Como tudo o que vem da terra os minerais têm o poder de bloquear as vibrações nocivas, além de formarem uma família variada em formas, cores e aplicações. Os facetados reflexivos, como os cristais e os prismas, agem de forma parecida com os espelhos. Mas, independentemente de serem reflexivos ou não, todos são capazes de ativar os setores definidos pelo ba-guá.


OUTRAS IDEIAS – Móbiles, difusores de aromas, cata-ventos, objetos de arte, incensários, santos ou divindades de devoção, fadas, instrumentos musicais, murais de fotos e desenhos próprios, móveis e artigos de materiais naturais também são opções de curas.



(Anuário de Feng Shui. Ano 5. nº5)



sexta-feira, 7 de maio de 2010




A respeito de separações
Cara M.. Recebi seu e.mail contando sobre a separação de vocês. Claro que recebi com tristeza.
Separação é como cirurgia: é traumática mesmo quando necessária.
Se é que posso ajudar, diria o seguinte:
Primeiro: Há, inevitavelmente, uma necessidade de falar sobre o assunto. De repetir diversas vezes a mesma história e como os fatos ocorreram. E é importante que isso se faça. Já se disse que é como um abscesso que precisa extravasar todo seu conteúdo esvaziar-se para cicatrizar e regenerar sem marcas ou mágoas incuráveis. Não se constranja de fazer isso. Apenas, e isso é fundamental, escolha com quem conversar! Não vulgarize sua dor expondo-a a qualquer um. Para isso os amigos existem. Utilize-os e reutilize-os.
Segundo: Jamais, mas jamais mesmo, fale mal do ex para os seus filhos. Mesmo que tenha razão e que não esteja mentindo. Ninguém gosta de ouvir que falem mal de seu pai ou de sua mãe. Nem nós. Nem suas filhas.
Terceiro: Jamais deseje, mesmo que secretamente, infelicidade ou insucesso ao ex. Aliás, jamais deseje insucesso ou infelicidade a nenhuma pessoa: isso acaba voltando para você.
Quarto: Queira, sempre, a felicidade dos filhos. Mesmo que isso signifique,em algum período da vida deles, conviver mais com o pai, ou com a mãe, que com você. Se você compreender isso, seus filhos jamais abandonarão você.
Quinto: Preocupe-se com a parte material da vida, pois ela é necessária à sobrevivência, mas jamais seja mesquinha nem tenha apego desmedido ao dinheiro. A justa medida é a conduta mais nobre e a que mais trará retorno ao longo da vida que se seguirá.
Sexto: Aja sempre conforme seu coração mandar (apenas aprenda a ouvi-lo e a entender sua linguagem. Não é difícil se você não engasgá-lo com ódio. Em um coração pleno de ódio não haverá espaço para o Amor. E sem Amor (pela vida, por você mesmo, pelo seu Deus) você não será feliz). Agindo assim, você entrará e sairá de cabeça erguida, de qualquer ambiente ou diálogo.
Sétimo: Observe os mais idosos. Calcule quantos anos você ainda tem de vida útil e produtiva até chegar à idade deles. E ultrapassá-la! Com saúde e feliz. Assim você não perderá a Fé nem a Esperança.
Oitavo: Creia em Deus. Mesmo que seja um que você criar só para você. Importa apenas que Ele seja justo e misericordioso. Que ame suas criaturas, ou seus criadores. Que lhes dê oportunidades quando eles errarem. Que não seja vingativo, mas que também não seja cúmplice ou conivente com os erros que você cometer.
Nono: "Errar é humano, repetir o erro é burrice". Em outras palavras: não tenha medo de cometer erros novos. Se não você estaria renunciando a vida. Apenas precavenha-se dos erros antigos.
Décimo:
Tudo isso que escrevi, embora tenha sido de coração e com a máxima boa vontade, pode estar errado, pois sou humano (rsrsrs).
Abração
Roberto Perche de Menezes

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