segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O VÍCIO QUE DOI NO OUVIDO


É preciso cuidado para não repetir termos a todo momento nem tomar, por preciosismo, qualquer expressão como viciosa.
(...) A gramática tradicional usa a classificação de vício para agrupar diversos fenômenos diferentes, considerados desvios em relação ao padrão culto da língua, como por exemplo:
ARCAÍSMOUso de termos antiquados ("Encontre, por obséquio, minhas chaves").
AMBIGUIDADEQuando o sentido não fica claro, com enunciado com mais de um sentido ("O pai o filho adora" = quem adora quem?)
BARBARISMOErros no uso das palavras: de pronúncia, grafia, morfologia, semântica e de estrangeirismos ("flamengo", "sombrancelha", "sale em vez de "à venda" ).
CACÓFATOSequência de palavras que provoca o som de uma expressão ridícula ou obscena ("Por razões de Estado").
COLISÃO E HIATOProximidade ou repetição, respectivamente, de consoantes e vogais iguais em uma sequência ("O salário da secretária sempre será pago na sexta-feira").
ECORepetição da mesma terminação em prosa ("O acesso dado ao processo do réu confesso foi um retrocesso jurídico").
PRECIOSISMOLinguagem pretensamente culta.
PLEBEÍSMOUso de gírias ou termos que demonstram falta de instrução ("tipo assim", "a nível de ").
TAUTOLOGIARepetição desnecessária da ideia ("Iphan restaura velho casarão"; "Governo cria novos empregos") ou termo já pronunciado (subir para cima, surpresa inesperada, acabamento final).
SOLECISMODesvios na construção sintática, de concordância, regência e colocação ("Viajar anexo", no sentido de viajar "ao lado de alguém"; "Fazem dias que viajei", contém erro de concordância).

Leonardo Fuhrmann 



 

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