É preciso cuidado para não repetir termos a todo momento nem tomar, por preciosismo, qualquer expressão como viciosa.
(...) A gramática tradicional usa a classificação de vício para agrupar diversos fenômenos diferentes, considerados desvios em relação ao padrão culto da língua, como por exemplo:
ARCAÍSMO | Uso de termos antiquados ("Encontre, por obséquio, minhas chaves"). |
AMBIGUIDADE | Quando o sentido não fica claro, com enunciado com mais de um sentido ("O pai o filho adora" = quem adora quem?) |
BARBARISMO | Erros no uso das palavras: de pronúncia, grafia, morfologia, semântica e de estrangeirismos ("flamengo", "sombrancelha", "sale em vez de "à venda" ). |
CACÓFATO | Sequência de palavras que provoca o som de uma expressão ridícula ou obscena ("Por razões de Estado"). |
COLISÃO E HIATO | Proximidade ou repetição, respectivamente, de consoantes e vogais iguais em uma sequência ("O salário da secretária sempre será pago na sexta-feira"). |
ECO | Repetição da mesma terminação em prosa ("O acesso dado ao processo do réu confesso foi um retrocesso jurídico"). |
PRECIOSISMO | Linguagem pretensamente culta. |
PLEBEÍSMO | Uso de gírias ou termos que demonstram falta de instrução ("tipo assim", "a nível de "). |
TAUTOLOGIA | Repetição desnecessária da ideia ("Iphan restaura velho casarão"; "Governo cria novos empregos") ou termo já pronunciado (subir para cima, surpresa inesperada, acabamento final). |
SOLECISMO | Desvios na construção sintática, de concordância, regência e colocação ("Viajar anexo", no sentido de viajar "ao lado de alguém"; "Fazem dias que viajei", contém erro de concordância). |
Leonardo Fuhrmann
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