quinta-feira, 2 de abril de 2009

Animus furandi

Latim equivocado marca piada da internet sobre liguagem jurídica viciada, o juridiquês
"Num tribunal em Araçatuba(SP), era julgado um caso de tentativa de homicídio. O réu teria esfaqueado um antigo desafeto num bar, após breve discussão.
Apesar da gravidade das lesões, a vítima sobreviveu por motivos alheios à vontade do acusado.
A certa altura, o advogado de defesa se dirige ao conselho de sentença, afirmando pomposamente:
___ O réu não agiu com animus furandi!
O promotor balança a cabeça e olha para o juiz, que também não esconde seu estranhamento. Afinal, animus furandi significa 'intenção de furtar', e não havia qualquer acusação de furto. Mas ambos resolveram fingir que nada havia de errado. Para não confundir ainda mais a cabeça dos jurados, o promotor entrou na 'brincadeira':
___Apesar da afirmação do combativo defensor, o réu agiu sim com animus furandi. O laudo de exame de corpo de delito se revela conclusivo ao afirmar que a vítima foi furada três vezes pelo réu..."
(Adaptado de texto de Tulio Mayrink Ximenes, publicado no Neófito, pelo advogado Paulo Gustavo Sampaio Andrade, no site Jus Navegandi, Página Legal: http://www.paginalegal.com/marcador/juridiques/)
(Revista Língua Portuguesa, Ano 3.n°42.abr.2009p.64)

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